quinta-feira, 2 de abril de 2009
Caso Paula Oliveira
O caso dos brasileiros na Suíça chocou a sociedade, ainda mais depois do ministro das relações exteriores, Celso Amorim assinar juntamente com autoridades locais o documento permitindo à entrada de imigrantes, mas a mídia de forma geral enfoca o acontecimento como se fosse uma história de horror: onde a menina entra ilegalmente no país e, sofre as conseqüências na pele.
O que transformou a matéria em uma complexidade foi o aspecto de a mídia lançar o “bombardeio” de informações. Muitos que seguem o exemplo de Paula Oliveira se aventuram em outro país, terminam nas mãos de pessoas maldosas- as quais prometem solucionarem os problemas. Mas não é a totalidade, contudo, outras pessoas melhoram de vida.
A mídia vem repetindo um sistema básico: o que dá audiência é tragédia, e quanto mais a imagem da garota for divulgada na mídia, mais o Ibope dispara e, ficamos “grudados” para entendermos o que realmente houve. Os exemplos estão por toda a parte: as pessoas vendem tudo o que tem, correm atrás do sonho, o cotidiano lhes reserva outra situação: os abusos sexuais, constrangimentos ao expor os casos de humilhação, em prol de um salário confortável.
Alguns especialistas defendem a tese de que nós somos fascinados por crimes, desgraças, e afirmam que o reflexo da população é a tela da TV, as ondas do rádio, as páginas da internet e as folhas do impresso. Este fato é um comportamento fora do padrão em que a Paula Oliveira sofreu e alegou a gravidez em rede mundial.
Comentário do documento “A barriga da Globo”
Quando falamos de notícias de natureza duvidosa nos colocamos entre a verdade e a ocultação dos fatos. No caso da Paula Oliveira, as informações foram divulgadas um tanto sem verificação do conteúdo pela Rede Globo- o que em primeiro instante preocupou a emissora foi manter a audiência com o sensacionalismo.
O que acaba por denominar uma falta de credibilidade e checagem precisa, onde os profissionais confundiram a ordem da cobertura jornalística: busca-se a verdade, escuta as opiniões de diversas testemunhas e após algumas horas conclui-a. O artigo mostra o olhar infelizmente preconceituoso junto com o lado antiético da história de uma brasileira que viajou a Suíça e foi violentada.
A questão de se promover um retorno por meio da burocracia estrangeira é demorada e se intitula “extradição” do imigrante. Mais uma vez, abordamos que por trás de uma barriga, há uma história com dois finais. Tornando para esta emissora um banquete, ou seja, tudo em nome da notícia banalizada.
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